sexta-feira, 29 de maio de 2009

O quanto o sangue dos insetos é diferente do nosso?




Nesse espaço, vou divulgar um texto retirado da página http://www.pragas.com.br/noticias/destaques/sangue.php que acessei hoje, 29/05/2009. Achei muito interessante e quero compartilhar com vocês. Espero que gostem. Achei muito bacana falar sobre isso.




A principal diferença entre o sangue dos insetos e o dos vertebrados, incluindo os humanos, é que o sangue destes últimos contem células vermelhas. Insetos e outros invertebrados, por outro lado, têm o que é chamado de hemolinfa - um fluido heterogêneo que corre através do corpo, banhando todos os tecidos internos.

A hemolinfa é composta de muito água, mas também contem íons, carboidratos, lipídeos, glicerol, aminoácidos, hormônios, algumas células e pigmentos. Os pigmentos, entretanto, são geralmente bem pálidos ficando a hemolinfa clara ou tingida com amarelo ou verde (a cor vermelha que você vê quando mata uma mosca é geralmente o pigmento que está localizado nos olhos do animal).

Diferente do sistema circulatório fechado encontrado nos vertebrados, os insetos possuem um sistema aberto, onde faltam as artérias e veias. A hemolinfa flui livremente através de seus corpos, lubrificando os tecidos e transportando nutrientes e dejetos.

Enquanto o sistema circulatório dos vertebrados serve primariamente para carregar oxigênio através do corpo, os insetos respiram de uma forma totalmente diferente – através de tubos traqueais.

No caso da Drosophila melanogaster, por exemplo, uma série de pequenas aberturas, chamadas espiráculos, alinham-se no integumento da mosca e estes convergem o ar diretamente para os tubos traqueais, que levam o ar para os tecidos internos.

Os insetos possuem corações que bombeiam a hemolinfa através de seus sistemas circulatórios. Apesar destes corações serem bem diferentes dos corações dos vertebrados, alguns dos genes que direcionam o desenvolvimento do coração nos dois grupos são muito semelhantes.


segunda-feira, 11 de maio de 2009

Herança da cor dos olhos...



A cor dos olhos é uma herança genética e é mais complexa do que se pensa. Basicamente, é determinada pela abundância do pigmento melanina na íris. Pessoas com olhos azuis não possuem melanina na parte anterior da íris, mas têm sempre alguma porção na parte mais profunda. O olho parece-nos azul, pois é a luz azul que é refletida.

Atualmente, conhecem-se 3 genes para a determinação da coloração do olho, no entanto, há escassez de informação sobre o gene EYCL2 – situado no cromossoma 15.
O gene dos olhos azuis impede, quase na totalidade, a formação de melanina na frente da íris, ao invés do gene dos olhos castanhos, que permite a acumulação deste pigmento neste lugar.

O gene EYCL3 é responsável pela cor dominante do olho e encontra-se no cromossoma 15. Existe em duas variedades: a que determina a cor castanha e preta, ou seja, muita quantidade de melanina e a que determina a cor azul, pouca quantidade de melanina. O alelo do castanho domina sobre o alelo do azul, que é recessivo.

Outro gene que intervém na cor dos olhos é o EYCL1, que se encontra no cromossoma 19. O alelo dominante deste gene determina a cor verde, grande quantidade de pigmentos de gordura, enquanto que o recessivo determina a cor azul, pouca quantidade de pigmentos de gordura.

Legenda:
B - alelo da cor castanha do gene EYCL3
b - alelo da cor azul do gene EYCL3
A- alelo da cor verde do gene EYCL1
a - alelo da cor azul do gene EYCL1

Explicação:Os progenitores tinham ambos o genótipo AaBb, originando os gâmetas AB, Ab, Ba, ab. A combinação dos diferentes gametas origina cores diferentes como está representado no xadrez. Os resultados variam conforme o genótipo dos progenitores, uma vez que originam gametas diferentes.

Há outros genes que interferem na coloração do olho. uns determinam a quantidade e outros a distribuição total de melanina depositada na íris. A cor do olho é, portanto, um caso de poligenia (vários genes para a mesma característica). Estes genes podem dar à íris uma cor mais viva ou então várias cores diferentes (olhos castanhos esverdeados ou azuis esverdeados, por exemplo).


Estes genes podem ainda explicar como é que pais de olhos azuis podem ter filhos de olhos castanhos. Neste caso, um dos pais de olhos azuis pode ter um gene para os olhos castanhas, mas por influência de um outro gene, pode não se depositar melanina suficiente na íris para mascarar o azul e isto não é explicável apenas com os genes EYCL1 e EYCL3. Por esta razão, não está totalmente certo considerar o alelo da cor azul recessivo.

A genética ainda é um mundo muito recente e ainda se estão a dar os primeiros passos neste campo.

Por que é que, à nascença, os bebés têm olhos azuis e depois mudam de cor, quando crescem?

Os recém-nascidos não possuem melanina na parte anterior da íris, mesmo que tenham o gene dos olhos , por exemplo, castanhos. Por isso, têm sempre os olhos azuis. Mas, logo que os genes se tornam activos, o pigmento começa a depositar-se e o olho adquire a sua cor castanha, neste caso.


Por que é que há pessoas com um olho de cada cor?

É uma anomalia genética designada por heterocromia e é muito rara em humanos. Este fenômeno pode ocorrer no seguimento de uma mutação, numa célula, no início do desenvolvimento embrionário, de um gene responsável pela coloração do olho. Todas as células descendentes desta célula mutante possuem a mutação, já que o DNA é sempre copiado a cada divisão. Assim, os dois olhos não são da mesma cor se um deles for formado a partir das células descendentes da célula mutante e o outro a partir de células normais.
Outros fatores, como por exemplo, Síndrome de Waardenburg, que gera surdez, pode provocar essa alteração. Mas o mais comum é que ocorra através de lesões ou derrames que causem a modificação da quantidade de melanina na retina.
Não há cura para a heterocromia, mas esta anomalia não é grave. como é mais vista em termos estéticos, pode-se usar lentes de contacto de cor para igualar as cores.

sábado, 9 de maio de 2009

Por que eu teria interesse nisso???


A Biologia conseguia variar de matéria mais amada à mais odiada a medida que eu caminhava ao lado de algumas carteiras na sala de aula. Hoje, meus alunos estão aprendendo que até as coisas mais "intracelulares" podem ser divertidas e instigar a curiosidade que é tão forte em todos os jovens. Hoje, vou abrir com chave de ouro essa postagem falando de um assunto que simplismente SAPOS!

Muitos acham, ela adora o KEROPI... mas estou aqui para defender minha paixão pelos anfíbios... aqueles seres melequentos que se você encontrar pelo meio do caminho, com certeza vai falar: IRQUI!!!

Ao contrário do que muitos pensam, os anfíbios não podem ser considerados apenas aqueles seres vivos intermediários entre o meio aquático e a conquista do ambiente terrestre... absolutamente eles são mais do que isso.

Você sabia que alguns anfíbios têm cuidado parental (HEIN??)... Quer dizer, algumas fêmeas e machos cuidam de seus filhotes enquanto eles se desenvolvem. Um pesquisador brasileiro apresentou no congresso da sociedade brasileira de herpetologia sobre o cuidado parental de um anfíbio africano, na realidade uma cecília ou cobra cega, cujos filhotes, desde o nascimento, alimentam-se da pele da mãe em um processo que foi denominado de dermatotofagia. Durante este período, a pele da fêmea muda de brilhante plúmbeo-azulada para cinza claro pálido. Essa alteração reflete as mudanças morfológicas e fisiológicas por que passa o tegumento desses gimnofionos a fim de oferecer à prole os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento. Futuramente vamos discutir mais sobre esses animais fantásticos. Hoje deixo para vocês um desafio... Não gosta de alguma coisa? Tem nojo? Faça uma pesquisa e tente conhecer algo novo sobre aquilo. Às vezes algumas coisas podem nos surpreender.